Já mesmo os jornais subvencionados pelo PP começam a reconhecer o alcance suicida da ortodoxia ultraliberal. Com os batuques das eleiçôes lançados ao ar o descontente começa a inçar entre o ressentimento e a desesperação. Um terço dos fogares reduziram gastos na Galiza até fim de ano e 50% dos fogares galegos chegam com dificuldade (ou muita, muitíssima, dificuldade) a fim de mês no derradeiro trimestre de 2011. Assim, 7'3% das famílias tiveram retrasos no pagamento de recibos neste período, o que faz uma variação interanual de 3%.
Durante este Natal cada galego gastará 510€, 20% menos que há apenas um ano, segundo o Instituto Galego de Estatística (IGE). Em euros, são 130 menos que em 2010e 100€ por baixo da meia estatal. Aliás, no terceiro trimestre de ano já 37'7% das moradias limitaram os hábitos de consumo e têm pensado fazê-lo 36'61%, uma variação interanual de 1'3%. No gasto corrente (roupa, calçado, transporte...) vão recortar gasto 35'39%, face a 19'8% que o fizeram em ano passado e 35'6 que o fizeram já no anterior trimestre.
Desde o começo da crise em 2008 o gasto no Natal desceu um alarmante 37% (752€ em 2008 face 510€ em 2011), segundo a FUCI (Fundação de Utentes e Consumidores Independentes). Esses 510€ do promédio da actualidade distribuem-se assim: 175€ em agasalhos (nomeadamente roupa) e joguetes, 90€ em lotaria, 190€ em alimentação e apenas 55€ em lazer (neste último capítulo a redução com respeito a 2010 é de 60% situando os galegos na cola do Estado).
Segundo o IGE 60% das famílias monoparentais chegaram com dificuldades ao cabo do mês no terceiro trimestre deste ano. Os fogares unipersoais, compostos normalmente por pessoas reformadas sendo a Galiza a comunidade com as aposentadorias mais baixas do Estado, vem-se em 55% nesta situação no que atinge aos que têm como único integrante um maior de 65 anos (que são 110.000 na CAG).
Desde o começo da crise em 2008 o gasto no Natal desceu um alarmante 37% (752€ em 2008 face 510€ em 2011), segundo a FUCI (Fundação de Utentes e Consumidores Independentes). Esses 510€ do promédio da actualidade distribuem-se assim: 175€ em agasalhos (nomeadamente roupa) e joguetes, 90€ em lotaria, 190€ em alimentação e apenas 55€ em lazer (neste último capítulo a redução com respeito a 2010 é de 60% situando os galegos na cola do Estado).
Segundo o IGE 60% das famílias monoparentais chegaram com dificuldades ao cabo do mês no terceiro trimestre deste ano. Os fogares unipersoais, compostos normalmente por pessoas reformadas sendo a Galiza a comunidade com as aposentadorias mais baixas do Estado, vem-se em 55% nesta situação no que atinge aos que têm como único integrante um maior de 65 anos (que são 110.000 na CAG).
Tudo isto num quadro em que o desemprego sube na Galiza enquanto a Junta mantém impassível as políticas de "austeridade" que, agora, se verão também ainda mais reforçadas no Estado espanhol com o PP, que já reconheceu por boca do próprio Rajoy que nâo criará emprego, embora Feijoo diga que fazê-lo-á em 2012. Na Galiza a bola de neve da crise alimentada pela "austeridade" não pára de crescer e a variação interanual da facturação do pequeno comércio caiu um muito preocupante 8'9%, acumulando 16 meses de saldo interanual negativo.
Aliás, agora que se fala de minijobs e reformas laborais que aumentarão a precaridade e pressionarão à baixa os ordenados, convém sublinhar que segundo o IGE 75% das famílias com ingressos inferiores aos 1.000€ chegam com muita dificuldade ao remate do mês. O mesmo lhe acontece a 50% dos que ingressam entre 1.000-1.500 € e tão só apenas atinge a 21% dos que ingressam mais de 2.000€ por mês. Por outra banda, as famílias dos concelhos de menos de 10.000 habitantes sentem mais os problemas para acabar o mês (58%) do que as famílias dos concelhos de mais de 50.000 habitantes (43%).
A produçâo industrial por enquanto cai e o sector da construção esmorece totalmente. Segundo o Instituto Galego de Estatística (INE) na Galiza apenas se venderam 1.000 moradas, atingindo-se todavia um novo
Aliás, agora que se fala de minijobs e reformas laborais que aumentarão a precaridade e pressionarão à baixa os ordenados, convém sublinhar que segundo o IGE 75% das famílias com ingressos inferiores aos 1.000€ chegam com muita dificuldade ao remate do mês. O mesmo lhe acontece a 50% dos que ingressam entre 1.000-1.500 € e tão só apenas atinge a 21% dos que ingressam mais de 2.000€ por mês. Por outra banda, as famílias dos concelhos de menos de 10.000 habitantes sentem mais os problemas para acabar o mês (58%) do que as famílias dos concelhos de mais de 50.000 habitantes (43%).
A produçâo industrial por enquanto cai e o sector da construção esmorece totalmente. Segundo o Instituto Galego de Estatística (INE) na Galiza apenas se venderam 1.000 moradas, atingindo-se todavia um novo
mínimo histórico e a Galiza situa-se na cola do Estado.
Os dados supõem um queda absoluta de 41'5%, doze pontos sob a meia do Estado. No Estado espanhol venderam-se 22.482 vivendas, ou seja, também um mínimo absoluto que não paliou a rebaixa do IVA de 4% do
Governo Zapatero.
E no que a vivenda se refere a coisa não pára aí. A "renda de emancipação", de que se beneficiavam 20.000 moças e moços galegos, não será renovada pelo PP, segundo informou em Twitter, quando finalize 2011. Esta ajuda de 210€ destinada à mocidade levava 4 anos em vigor, pelo que haverá mais moradias vazias (pondo um grau de areia mais para a depressão do consumo). Com o cinismo habitual o PP retoma a estratégia dos liberais e conservadores britânicos de Cameron de culpar de cada recorte ao Governo anterior. Porém desta volta o certo é que o PSOE destinara uma partida que em 2012 incluía novas ajudas e prórrogas desta pseu-
do Renda-básica.
O panorama que se enxerga é desolador e faz mais do que previsível fortes gromos de protesta social em 2012 que irão além da simples "indignaçâo". Na Galiza, 61.000 fogares vem começar e acabar o mês sem que entre nem um só euro. Na Galiza "austera" da brigada de demoliçao e limpeza étnica em que o PP se converteu 60.000 galegos são desempregados de longa duração e 100.000 dos 250.000 desempregados existentes esgotaram já todas as prestações sociais. 11.274 novos desempregados apenas no mês de novembro pondo-se à cabeça do Estado. Entre a mocidade as cifras de desemprego alcançam cifras terríveis. Porém a Junta segue "apertando a correia" aos de sempre e não treme à hora de diminuir o gasto público produtivo e o gasto público social, recorta ordenados e empregos, por outras palavras: o PP aposta por deprimir a economia, destruir postos de trabalho e afogar as famílias e pemes que tanto diz defender como o cinismo e a falta de vergonha na cara habituais dos mercenários do capital.
Para os campioes da "austeridade" e da redução do deficit, com o fim de que a banca cobre as dívidas que os estados contraíram com ela, pela actuação servil do BCE com o grande capital, e que realmente foi uma conversão da dívida privada (socializar as perdas) em dívida pública através de "resgates" (para justificar o fim do estado do bem-estar e a implantação dum darwinismo social militarizado) convém lembrar aquilo que dizia Karl Marx em O Capital:
Para os campioes da "austeridade" e da redução do deficit, com o fim de que a banca cobre as dívidas que os estados contraíram com ela, pela actuação servil do BCE com o grande capital, e que realmente foi uma conversão da dívida privada (socializar as perdas) em dívida pública através de "resgates" (para justificar o fim do estado do bem-estar e a implantação dum darwinismo social militarizado) convém lembrar aquilo que dizia Karl Marx em O Capital:
A acumulação de capital por via da dívida pública não significa senão (…) o desenvolvimento duma classe de credores do Estado que são autorizados a cobrar para si próprios uma parte do montante dos impostos (…). Estes factos demonstram que uma acumulação de dívidas passa a ser uma acumulação de capital.
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